domingo, 14 de dezembro de 2014

Escultura Neoclássica


Próxima da estética barroca pela expressão plástica, mas igualmente oposta a ela pelas novas formas, objetivos e materiais, a escultura deste período apresenta características inovadoras. (Pinto 2012)
Como se pode constatar na escultura de Ignaz Günther, São Korbiniano (1773-74) Nesta escultura é possível ver que numa imagem sacra, pode se encontrar um “ar de jovialidade prazenteira do santo, aliado à sua posição elegante, em contra-posto, e á sumptuosidade dos trajes.” (Adaptado de Pinto 2012)
 Continuando a apreciar e a acentuar as linhas curvas e contra-curvas, os escultures do Rococó tornaram-nas, todavia, mais delicadas e fluidas, organizadas em estilizados esses (S), em expressivos cês (C) ou ainda em contracurvas duplos. (Pinto 2012)
A figura humana, foi utilizada com um cânone anatómico maneirista, de corpos alongados e silhuetas caprichosas, procuraram conceder uma leveza e graciosidade nos gestos, nas atitudes e nas posições, em todas as galantes, cortesãs ou lânguidas.  (Adaptado de Pinto 2012)
Nos grupos escultórios, as composições possuíam movimento e ritmo (“algumas personagens parecem quase dançar”) existe um elevado sentido cénico, fazendo um enquadramento perfeito da escultura com o cenário a ela destinado. (Adaptado 2012)
No período rococó, a escultura cultivou principalmente dois géneros: a escultura decorativa, parte integrante da arquitetura, pois cobria quase todas as estruturas e superfícies construídas com rebuscados e movimentados relevos de inspiração naturalista; e a inovadora estatuária de pequeno porte, destinado sobretudo a interiores, com funções decorativas. Podes remontar a tradição do bibelot. A pequena dimensão foi praticada, inclusive, em modalidades como o retrato, a estatuária religiosa e as composições mitológicas e alegóricas tão ao uso da época. (Adaptado de Pinto 2012)
“Os materiais mais usados foram: a pedra e o bronze (para as grandes obras escultóricas de exterior); também o bronze, o ouro e a prata (para a escultura de pequena dimensão e objetos ornamentais); a madeira, a argila, o estuque e o gesso (estes dois últimos muito usados na decoração mural dos interiores, principalmente em Itália) ” (Pinto 2012)

Neste período houve uma novidade a porcelana- Os franceses deram o nome de Biscuit, era um material muito usado na produção de pequenas esculturas ornamentadas de grande popularidade. Neste tipo de esculturas houve um grande trabalho por parte de escultures de grande renome como os “franceses Étienne-Maurice Falconet (1716-1791) e Boucher, na oficina francesa de Sèvres, ainda hoje famosa; o italiano Franceso António Bustelli (1723-63), na de Nymphenburg, na Alemanha; e o alemão Kandler (1706-75), na de Meissen.




Na temática foi escolhido temas “menores”, temas irónicos, jocosos, sensuais e até eróticos ou galantes. Esta tendência manifestou-se principalmente na pequena escultura, enquanto a estatuária monumental se manteve presa aos temas comemorativos, alegóricos e/ou honoríficos; mas mesmo nesta, a frivolidade de temas acentuou-se porque: na temática mitológica preferiam-se deuses como Pan, deus dos pastores; nos temas profanos, valorizaram-se os aspetos pitorescos ou frívolos e íntimos do quotidiano; e na estatuária religiosa, sublinhou-se o contraste entre o tema, de natureza sagrada, e a forma, em requebros sinuosos, com roupagens luxuosas e maneirismos galantes, como em Ignaz Günther (1725-75).

(Adaptado de Pinto 2011)

Trabalho elaborado por: Rúben e Alexandra

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