domingo, 14 de dezembro de 2014

Arquitetura Rococó



     Foi na Alemanha e na Áustria que o Rococó se impôs na arquitetura. A arquitetura civil apresenta  edifícios de dois andares, com telhados de duas águas, estancamentos e cornijas, portas e janelas altas, fachadas alinhadas e encimadas por balaustradas. A decoração exterior concentrava-se: nas janelas e portas; jardins que incluem esculturas, lagos que se tornaram locais de reunião íntima e fachadas mais alinhadas com ângulos retos suavizados por curvas.



Os princípios da arquitetura rococó consistiam:

  • Diferenciação dos edifícios de acordo com a sua função;
  • Traçado exterior simples;
  • Conceito de interior proporciona conforto, comodidade e intimidade;
  • Utilização de elementos decorativos barrocos, mas de um modo mais liberto, mais sensual;
  • Novos elementos decorativos (conchas, algas marinhas, rocalhos e chinoiseries);
  • Uso de materiais fingidos: falsos mármores, madeiras e estuques pintados.





Caraterísticas exteriores

-   Fachadas:
  • Mais alinhadas;
  • Foram banidos os elementos decorativos clássicos (colunas, frontões e esculturas);
  • Manutenção dos entablamentos e das balaustradas;
  • Os ângulos retos passaram a ser suavizados por curvas.
-   Portas-janelas:
  • De maiores dimensões;
  • Alinhadas na vertical e na horizontal;
  • Recortadas e emolduradas com arcos de volta perfeita ou abatidos.
-   Tetos de duas águas.

-   A decoração exterior concentrou-se nas portas e nas janelas, nas consolas, nas arcadas, no aparelho de alvenaria, nas ferragens e batentes.

-   Ferro forjado muito abundante (grades para jardins, lagos e portas).





Características interiores
  • Plano central das habitações: salão principal;
  • Em torno do salão principal estão as salas secundárias e a biblioteca;
  • 2º piso: divisões privadas;
  • Divisões baixas, pequenas, independentes, arredondadas e pavimento em parquet;
  • Interior iluminado: portas-janelas, espelhos, candeeiros e lustres;
  • Paredes com decoração exuberante com cores claras (molduras douradas, telas, tapeçarias, frescos, relevos policromados).




     Na arquitetura religiosa as plantas longitudinais eram complexas e os exteriores simples, sendo a concha o principal elemento decorativo. No interior deu-se uma mistura de escultura, arquitetura e pintura com vários pontos de fuga, criando, assim, um cenário fictício.




Bibliografia:



Trabalho elaborado por Artur Pires

A Pintura Rococó


     Na pintura rococó os temas são sobre cenas pastorais, as festas galantes (está presente o amor, a sedução e o erotismo) e o retrato (pode ser histórico, burguês ou psicológico) são todos tratados de forma natural, superficial, em tons suaves e sensíveis onde as gradações fazem lembrar a técnica do sfumato criada no renascimento.
     O cromatismo é baseado nos azuis, rosas e nos brancos. As composições são rítmicas, exuberantes e de tendência decorativa. Os ornamentos são ricos e relacionados com o mundo marinho.
     Na pintura rococó os pintores que mais se destacaram foram: 

  • Jean Antoine Watteau que trabalhou em festas galantes, cenas de género, cenas mitológicas com uma teatralidade própria;
  • François Boucher, este caracterizava-se por uma pintura mais robusta, solida, decorativa e frívola;
  • Jean Honoré Fragonard destaca-se por ser uma pintura espontânea, os temas eram sobre amor e a alegria de viver;
  • Jean Baptiste Simeon Chardim pintava cenas de género (vida quotidiana) e cenas mortas (linha flamenga e Holandesa). (Pinto,2009) 

"A odalisca" 
François Boucher

"Parar durante a caçada" 
Jean Antoine Watteau

"O cálice de prata"
Jean Baptiste Simeon Chardim


"Imagem de Leitura"
Jean Honoré Fragonard 

Trabalho elaborado por Leonel, Márcia e Diogo

A Escultura Rococó


A Escultura Rococó teve imensas estratégias escultóricas, tendo, no entanto, ido buscar alguns recursos barrocos. Introduziu novos cânones estéticos, que valorizavam a curva/contra-curva.
    Na figura humana, houve a utilização do cânone maneirista, baseado em corpos alongados, que abordava a linguagem rococó. Nos grupos escultóricos, as figuras ganham movimento, ritmo e um grande sentido teatral.
     No campo dos géneros escultóricos, houve a introdução de novos:
  • A escultura decorativa, que se integrava na arquitetura
  • As estátuas de pequeno porte, destinadas a interiores e com funções decorativas
     A escultura rococó também ficou conhecida pelo uso de novos materiais, como a pedra, o bronze, o ouro, a prata, a madeira, a argila e o gesso. Também foi usada uma porcelana especial chamada bibelot, usada muito na produção de pequenas esculturas. As pequenas esculturas tiveram muito êxito e até formaram indústrias de produção.
     Também houve o aparecimento de novas temáticas. Houve o abandono de temas mais nobres e séries em destaque da ironia, da jocosidade e da sensualidade. Foram explorados as temáticas mitológicas, em que se privilegiavam os deuses menores, profana em que se valorizavam os aspectos pictóricos e superficial e religiosa. 

Trabalho elaborado por: Joana Alves

Arquitetura Neoclássica


Os iluministas e os classicistas criaram uma nova estética no seculo XVIII, na qual não introduziram uma cópia da arquitetura romana ou grega, mas corresponderam ao pedido do seu tempo com originalidade e engenho, devido a nova estética inovaram os aspectos técnicos realizando pesquisas e expêriencias constantes onde conciliaram a estética estrutural e formal clássica com os novos sistemas construtivos. Desta forma introduziram-se novas ideias:

  • Adoptaram as primeiras preocupações funcionalistas;
  • Demostraram imaginação e versatilidades adaptando-as às exigências da época, construindo infra-estruturas que satisfizessem as novas necessidades culturais, sociais e políticas, no campo público e privado

Os arquitetos no neoclássico eram formados no rigor científico, das academias da época, onde algumas das quais se transformaram nas primeiras escolas politécnicas.
A arquitetura neoclássica apresenta as seguintes características gerais:

  • Introduziu materiais nobres, tradicionais como a pedra, o mármore, o granito e a madeira;
  • Usou sistemas construtivos simples, aos quais aliou quando necessário sistemas mais complexos de inspiração romana;
  • Nas plantas usou formas regulares, geométricas e simétricas, com base no quadrado e no círculo;
  • Os volumes eram bem definidos por panos morais lisos que classificavam a simplicidade e a pureza formais e estruturais, internas e externas. A arquitetura devia ser verdadeira, exprimir claramente do exterior a sua organização interior;
  • Os espaços interiores foram organizados segundo critérios geométricos e formais, com preocupações de funcionalidade;
  • Na decoração interior recorreram a elementos estruturais com formas clássicas, à pintura mural e ao relevo em estuque que reproduziam motivos retirados das casas de Pompeia e Herculano (Pinto, 2009, p. 64).

Estas características visavam objetivos específicos: evidenciar a racionalidade estrutural e formal das construções e conferir-lhe robustez, nobreza e sobriedade. Apesar das diversas tipologias praticadas por este estilo elas agrupavam-se em dois conjuntos:

  • As de inspiração clássica com base na basílica romana, no panteão e no templo Grego.
  • E as novas tipologias, criadas para responder às crescentes necessidades da vida social, politica e cultural, sobretudo nos espaços urbanos.

A encomenda civil, pública ou estatal cresceu e relegou para segundo lugar a encomenda religiosa. (Pinto, 2009, p. 64).


Trabalho elaborado por Leonel, Márcia e Diogo


Pintura Neoclássica



Links da bibliografia:
Jacques-Louis David
A Morte de Marat

Escultura Neoclássica


Próxima da estética barroca pela expressão plástica, mas igualmente oposta a ela pelas novas formas, objetivos e materiais, a escultura deste período apresenta características inovadoras. (Pinto 2012)
Como se pode constatar na escultura de Ignaz Günther, São Korbiniano (1773-74) Nesta escultura é possível ver que numa imagem sacra, pode se encontrar um “ar de jovialidade prazenteira do santo, aliado à sua posição elegante, em contra-posto, e á sumptuosidade dos trajes.” (Adaptado de Pinto 2012)
 Continuando a apreciar e a acentuar as linhas curvas e contra-curvas, os escultures do Rococó tornaram-nas, todavia, mais delicadas e fluidas, organizadas em estilizados esses (S), em expressivos cês (C) ou ainda em contracurvas duplos. (Pinto 2012)
A figura humana, foi utilizada com um cânone anatómico maneirista, de corpos alongados e silhuetas caprichosas, procuraram conceder uma leveza e graciosidade nos gestos, nas atitudes e nas posições, em todas as galantes, cortesãs ou lânguidas.  (Adaptado de Pinto 2012)
Nos grupos escultórios, as composições possuíam movimento e ritmo (“algumas personagens parecem quase dançar”) existe um elevado sentido cénico, fazendo um enquadramento perfeito da escultura com o cenário a ela destinado. (Adaptado 2012)
No período rococó, a escultura cultivou principalmente dois géneros: a escultura decorativa, parte integrante da arquitetura, pois cobria quase todas as estruturas e superfícies construídas com rebuscados e movimentados relevos de inspiração naturalista; e a inovadora estatuária de pequeno porte, destinado sobretudo a interiores, com funções decorativas. Podes remontar a tradição do bibelot. A pequena dimensão foi praticada, inclusive, em modalidades como o retrato, a estatuária religiosa e as composições mitológicas e alegóricas tão ao uso da época. (Adaptado de Pinto 2012)
“Os materiais mais usados foram: a pedra e o bronze (para as grandes obras escultóricas de exterior); também o bronze, o ouro e a prata (para a escultura de pequena dimensão e objetos ornamentais); a madeira, a argila, o estuque e o gesso (estes dois últimos muito usados na decoração mural dos interiores, principalmente em Itália) ” (Pinto 2012)

Neste período houve uma novidade a porcelana- Os franceses deram o nome de Biscuit, era um material muito usado na produção de pequenas esculturas ornamentadas de grande popularidade. Neste tipo de esculturas houve um grande trabalho por parte de escultures de grande renome como os “franceses Étienne-Maurice Falconet (1716-1791) e Boucher, na oficina francesa de Sèvres, ainda hoje famosa; o italiano Franceso António Bustelli (1723-63), na de Nymphenburg, na Alemanha; e o alemão Kandler (1706-75), na de Meissen.




Na temática foi escolhido temas “menores”, temas irónicos, jocosos, sensuais e até eróticos ou galantes. Esta tendência manifestou-se principalmente na pequena escultura, enquanto a estatuária monumental se manteve presa aos temas comemorativos, alegóricos e/ou honoríficos; mas mesmo nesta, a frivolidade de temas acentuou-se porque: na temática mitológica preferiam-se deuses como Pan, deus dos pastores; nos temas profanos, valorizaram-se os aspetos pitorescos ou frívolos e íntimos do quotidiano; e na estatuária religiosa, sublinhou-se o contraste entre o tema, de natureza sagrada, e a forma, em requebros sinuosos, com roupagens luxuosas e maneirismos galantes, como em Ignaz Günther (1725-75).

(Adaptado de Pinto 2011)

Trabalho elaborado por: Rúben e Alexandra

Neoclassicismo


“Seguir o exemplo considerado intemporal- o da antiguidade; pôr em relevo a simplicidade e a monumentalidade, a clareza e a serenidade constitui apenas um dos aspetos desta época profundamente movimentada” (A. Châtelet e B. P. Groslier, História da Arte, Larouse, cit. in http://pt.slideshare.net/abaj/neoclassicismo-15252627 (Consultado em 01/12/14).
O Neoclassicismo foi um movimento científico e filosófico nascido na Europa em meados do século XVIII (“aproximadamente entre 1755 a 1830, embora com algumas variações nos diferentes países”) [Infopèdia.com Consultado em 26/11/2014]. Este movimento teve uma grande influência na arte e cultura de todo o ocidente até meados do século XIX. O Neoclassicismo teve um grande “interesse pela cultura da Antiguidade clássica, advogando os princípios da moderação, equilíbrio e idealismo como uma reação contra os excessos decorativos e dramáticos do Barroco.” [Adaptado de Pinto (2011) e Wikpedia.com Consultado em 13/11/2014].
Na segunda metade do século XVIII atingiu-se o esgotamento das possibilidades expressivas e formais do estilo Barroco e Rococó [Infopèdia.com Consultado em 26/11/2014]. Esta corrente levou a uma criação de uma estética que por “base o estudo e a escolha mais útil e belo da Natureza e das obras da Antiguidade” (Pinto,2011 pág.61). Este pensamento ideológico encontrou um apoio nas descobertas arqueológicas de Herculano (1738) e Pompeia (1748) e em Poestum em Itália e mais tarde na Grécia antiga assim “comprovando as engenhosas e inteligentes soluções técnicas, a simplicidade estrutural, a clareza e regularidade das formas, a harmonia de proporções, o equilíbrio e sobriedade” [Adaptado de Pinto (2011)]. E na história da arte protagonizada pelo historiador alemão J. J. Winckelman. [Infopèdia.com Consultado em 26/11/2014].
Era o regresso à ordem que correspondia aos interesses de uma nova ideologia revolucionária. Criava-se agora uma arte mais intelectualizada que desenvolveu características-base: 
No campo técnico-formal, houve uma procura pelo virtuosismo e pela beleza idealizada pelos Gregos e pelos Romanos, algo alcançado através de aprendizagens rigorosas, feitas em academias. (Pinto, 2012)
“No campo conceptual e temático, recorreu a conteúdos elevados eruditos, abstratos ou moralizantes, baseados na História, na literatura, na religião e na mitologia” (Pinto,2011 pág.61) Neste campo o belo confunde-se com o útil e a estética conseguiu se aproximar da ética.” A arte deve instruir e dar exemplo; o polo artista converte-se num educador público ao serviço do povo” (Pinto,2012 pág.61)

“Apoiada nestes conceitos, a arte neoclássica tornou-se a expressão do triunfo das conceções iluministas e a arte da Revolução em França e no mundo.” (Pinto, 2012, p.61)



 “O Neoclassicismo é uma reação contra a frivolidade da arte e dos costumes da primeira metade do século XVIII e contra as complicações do estilo rocaille ou rococó, condenado por razões morais ou estéticas. Os filósofos das Luzes, os autores da Enciclopédia, esforçam-se por transformar a sociedade, quer pelo regresso a simplicidade; sonha-se com um mundo melhor, com uma espécie de “idade de ouro” governada pela razão natural e pela justiça. Este fervilhar de ideias generosas conduz às revoluções políticas e sociais, Americana primeiro, Francesa depois, donde emergirá um mundo moderno.
Propõe-se à gente nova exemplos de virtude cívica, de dedicação ao bem público e à pátria, de energia e ascese, que na arte se traduzem pela força plástica, pela simplicidade da composição, do desenho e da cor e pelo empobrecimento voluntário da técnica. O regresso do antigo não passa de um meio de alcançar este ideal: pedem-se assuntos mudais à História da Grécia e da república Romana e uma linguagem formal à arte Greco-Romana.’’ (A. Châtelet e B. P. Groslier, História da Arte, Larouse, cit. in http://pt.slideshare.net/abaj/neoclassicismo-15252627) Consultado em 01/12/14)].


Trabalho elaborado por: Rúben e Joana

O Neoclassicismo em Portugal


     O  neoclassicismo sobreviveu em portugal no seculo XX e a sua arquitetura conheceu  duas influencias principais: a italiana mais acentuada na regiao de Lisboa e a inglesa predominante no Porto e na regiao norte vinda de Inglaterra. A cidade do Porto foi o primeiro centro de neoclassicismo em Portugal.
     Dois edificios de destaque (Porto): Hospital de Sto Antonio e O Palacio dos Carrancas
     O neoclassicismo em Lisboa foi mais tardio por causa do clima cultural da corte onde sobressaem estes arquitetos: José da Costa Silva e Francisco Xavier Fabri
     Oficinas de formação dos escultores (Lisboa): O Mosteiro de Mafra e O Palácio da Ajuda

     A pintura do neoclassicismo viveu dois momentos. O primeiro foi de artistas nacionais e estrangeiros que produziam obras ao gosto classicizante e o segundo foi devido ao génio de dois pintores: Vieira Portuense e Domingos Sequeira.
     O pintor Vieira Portuense foi influenciado pela pintura de Carraci e da pintura inglesa, pelo pormenor do retrato e pela vizao colorista da paizagem o que fez dele percursor do romantismo.     Destacou-se pelas representações de figuras religiosas.
     Domingos Sequeira pintou obras religiosas como S Bruno em Oração e retratos psicologicos. Era defensor de ideias liberais e pintou "A morte de Camões" (hoje desaparecida) considerada a primeira tela romântica premiada com medalha de ouro.
     Obras de destaque: A Adoração dos Magos e A Descida da Cruz

Trabalho elaborado por: Magali Alvadia